Vamos refletir sobre o dízimo como compromisso de solidariedade, pois, “A fé: se não se traduz em ações por si só está morta” (Tg 2,17).
O dízimo é compromisso com a Igreja. Ele expressa consciência de pertencimento à comunidade de fé. Ser dizimista comprometido com a sua comunidade é fruto da evangelização. Contribuir com o dízimo é ser solidário com as necessidades da comunidade, é e ser colaborador ativo da sua missão evangelizadora.
Ser dizimista implica inserção comunitária. “Promove-se o dízimo cultivando-se a fé. A experiência do dízimo cresce conjuntamente com a qualidade da vida cristã, principalmente de seu aspecto comunitário” (CNBB, Documento 106, n. 75).
A Igreja depende da partilha solidária dos seus fiéis por meio do Dízimo, a fim de manter o culto divino, prover o sustento do seu clero, promover a ação pastoral e evangelizadora e para promover a caridade socorrendo os pobres.
Recordando o Bom Samaritano que, “viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34), e atentos ao clamor que por toda parte se faz decorrente da realidade que vivemos, somos chamados a cuidar uns dos outros. O dízimo é oportunidade para cuidarmos da Igreja, da comunidade a qual fazemos parte e onde nos encontramos com o irmãos de fé e com o Cristo nos Sacramentos da salvação.
O sofrimento do irmão que mais padece deve nos provocar à consciência e a refletir sobre a Dimensão Social do dízimo. Nossa fé nos impulsiona à solidariedade, a cuidarmos uns dos outros, a cuidar do pobre.
A fé se traduz em compromisso social também, e não apenas numa moral pessoal quando se deve viver segundo uma consciência reta evitando o pecado. A fé cristã, como ensina a Doutrina Social da Igreja, nos questiona igualmente sobre a justiça social.
Nosso Senhor ensinou sobre o correto uso dos bens. “Usai o ‘Dinheiro’, embora iníquo, para fazer amigos. Quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas” (Lc 16,9).
Eis que o dízimo se constitui num excelente exercício de partilha e amor ao próximo, sustenta a Igreja e nos enriquece a todos com o melhor tesouro que podemos ajuntar nesse mundo: as boas obras. O único tesouro que vale na terra como vale também no céu.